Resenha: Contando Estrelas - Luciane Rangel

Editora Qualis
264 páginas
2017

Outras resenhas da autora: Tenshi, Destinos de Papel.

Elisa é uma garota que, apesar de não ser exatamente rica, tem tudo o que deseja na vida. É uma garota bonita, faz parte do melhor trio do colégio, é um tanto inteligente e caidinha pelo garoto mais gato da sala. Só lhe falta uma coisa... empatia. Então quando a professora de história lança um trabalho final diferente e ela é sorteada para fazer o dever com o novo e esquisitão aluno da sala, ela seria capaz de morrer. Afinal, é trabalho voluntário, e jamais passou pela cabeça da garota em fazer tal coisa. Porém, conforme as coisas andam, ela percebe que gosta disso, e que uma nova Elisa pode estar aparecendo.

Luciane Rangel é uma de minhas autoras nacionais favoritas, como você devem ver pelas resenhas anteriores. Demorei a ler Contando Estrelas por falta de tempo e muito estresse, mas é incrível sobre como suas histórias são leves, divertidas e, ao mesmo tempo, cheias de detalhes fantosiosos e lições de vida. Creio que esse último livro, lançamento da Editora Qualis, tenha sido o mais profundo das obras da autora até agora, chegando inclusive a passar Destinos de Papel (mas esse último possui cenas mais pesadas).

Novamente, Rangel nos presenteia com personagens cativantes, como a própria Elisa, que começa como uma personagem quase que intragável, mas que evolui de forma nítida e pertinente ao longo da obra, tornando-se uma personagem fantástica. Vale mencionar também a relação dela com Vitória - que no início até me remeteu bastante à Rebeca e Júlia, de Destinos de Papel - mas que mostrou-se bem diferente, mas tão emocionante quanto. Em ambos os casos, as duplas passam uma mensagem importantíssima, relacionadas a doenças, mas que encantam sobre como a amizade normalmente surge inesperadamente.

O principal e mais importante tema de Contando Estrelas é o trabalho voluntário. Assunto pouco abordado, sobretudo nos infanto juvenis, a autora mostra a importância desse trabalho, trazendo o lado principalmente humano, sobre ajudar as pessoas só por querer o bem. A cada página dedicada ao trabalho de Elisa e Fábio, o leitor sente o coração aquecer, muito disso pelo fato de que o tipo de trabalho voluntário abordado na obra é com crianças em hospitais. Logo, há muita sensibilidade e inocência, mas sempre com um pouquinho de comicidade.

Algo que traz curiosidade e mistério ao leitor é o protagonista, Fábio. Ele é uma incógnita o tempo todo, porque está sempre lá no momento que alguém precisa. Mesmo após o livro, ele permaneceu um personagem misterioso pra mim. Em alguns momentos, cheguei a lembrar um pouco de Aki, protagonista de Tenshi. Posso afirmar que o personagem é permeado por uma aura mágica - não necessariamente no modo literal.
Como é de praxe em todos os livros da autora que li, o lado cômico está presente na história, bem como muito romance. Para completar, eu diria que Rangel insere um pouco de chick lit, e também de ação, já que há cenas do tipo no final, para que a trama chegue ao ápice.

Por fim, novamente fui envolvida por uma obra da autora, que é uma de minhas autoras nacionais favoritas. Suas histórias envolvem muito bem todos os elementos que eu gosto em um livro, e, se você gosta de romance, comicidade, reflexões e um tantinho de ação, Contando Estrelas também é um livro pra você.

2 comentários:

  1. Que livro mais amorzinho!! Pouco se lê sobre trabalhos voluntários, na verdade nunca li nenhum livro que trouxesse esse tema. Fiquei muito curiosa para ler esse livro!

    Beijos

    Boas de Papo

    Instagram Boas de Papo

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  2. Eu comecei a acompanhar a Luciane no instagram e fico morrendo de vontade de ler os livros dela, realmente parecem ser muito bons e esse parece ser uma gracinha! Fiquei ainda mais curiosa para ler agora, com a sua linda resenha. Os Delírios Literários de Lex

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