Editora Sinna
202 páginas
2017
Marina é uma jovem que conseguiu realizar o sonho de fazer um intercâmbio em uma
escola-internato no Canadá. Ao chegar lá, ela imediatamente se dá
bem com sua colega de quarto, Elisa, uma garota popular e muito
querida pelos alunos, mas que parece mais infeliz a cada dia que
passa. Até que Elisa é encontrada morta na frente da fonte do
colégio. E o que era pra ser o intercâmbio dos sonhos de Marina, se
transforma em uma grande dor de cabeça, a medida que os alunos
passam a acusá-la de ser assassina. Mas ela está determinada a
provar sua inocência e descobrir quem matou sua colega de quarto.
Finalmente tive a
oportunidade de concluir A Acusada, segundo livro da autora Patricia
Maiolini.
Nas primeiras
impressões, gostei muito da premissa e do rumo da história, apesar
de ter algumas ressalvas. Agora, podendo ler integralmente, pude me
sanar algumas insatisfações e ter algumas outras ressalvas.
“Estou com medo. Mas preciso enfrentar a escuridão atrás de respostas.”
Uma das ressalvas que
mencionei nas Primeiras Impressões foi o fato de que a escrita era um tanto rápida, a ponto de se tornar meio superficial. Felizmente é fácil
se acostumar com a escrita da autora. O ritmo ainda continua rápido,
e algumas situações acabam por serem prejudicadas. Uma cena
específica, no caso, pareceu não ser tão importante quanto deveria
na obra. Ainda assim, a narrativa em torno de Marina tentando
desvendar o mistério é intrigante e provoca ansiedade e angústia
no leitor, fazendo com que ele queira saber o que acontece, e nesse
caso, que é a plot do livro, a narrativa acelerada e que vai direto
ao ponto ajuda na compreensão.
Portanto, considero que
ao longo do livro o ligeiro incômodo que tive nas primeiras
impressões quanto ao ritmo da leitura melhorou, chegando ao ponto de
nem perceber direito, apenas nas exceções mencionadas.
A escrita de Patrícia
Maiolini é gostosa, com muitos diálogos, o que considero bom porque
quebra a tensão do gênero do livro – ainda que a tensão esteja
lá – e torna a leitura proveitosa e fácil de entender, podendo
ser concluida em um dia.
Os personagens são
interessantes, tipicamente jovens, cheios de problemas e angústias.
Mas meu interesse ficou mesmo em dois personagens: a diretora do
colégio e o detetive contratado por Marina para ajudá-la. Ambos
participaram de minha cena favorita, que inclui outra personagem que
gostei muito por ser diferente e bem construída: Leila. De fato, os
melhores personagens são os que mais se afastam do pessoal popular
do colégio. Talvez excetuando Elisa, que é uma garota popular que
quebra os esteriótipos e acabei apreciando muito as poucas partes
que ela pôde aparecer.
De fato, creio que o
ponto mais falho da trama tenha sido o romance. Marina se apaixona em
poucas páginas, sem que haja um real desenvolvimento da trama, nesse
aspecto, e por isso, o leitor não consegue entender o sentimento de
amor da personagem. Seria mais crível se, apesar de o romance não
ser o foco da história, houvesse mais páginas dedicada a ele, afim
de que se pudesse ao menos ter identificação com os casais. Ou
poderia não haver o romance, pois a história de Maiolini realmente
funciona plenamente sem ele.
Por fim, após a metade
do livro não fica tão difícil suspeitar corretamente de
personagens que possam ter assassinado Elisa. O mistério fica mesmo
por conta sobre como e porquê isso aconteceu, o que considerei
interessante, ainda que fosse considerar ainda mais interessante caso
houvesse um mistério maior em torno do assassino da garota. Além
disso, nessas partes nota-se o extenso trabalho de pesquisa da
autora, que vão sobre conhecimentos científicos até sobre a
justiça canadense, o que trouxe realidade para a obra.
Finalizo dizendo que
Patrícia Maiolini é uma autora iniciante com absoluto potencial,
que conseguiu fazer uma história instigante e que vicia, além de
saber conduzir uma boa história de mistério e romance policial,
gênero difícil, sendo nova. Fiquei interessada em ler suas obras já
lançadas ou que serão futuramente e espero poder fazer futuramente,
bem como acompanhar sua carreira.
É um livro que me deixa um pouco curiosa, porém não é exatamente uma leitura que costuma me atrair. Não sou muito chegada em suspense...
ResponderExcluirBeijos
Mari
www.pequenosretalhos.com
Olá!
ResponderExcluirEu gosto de mistérios, suspenses e intrigas e gostei bastante da premissa do livro e sua ressalva nem é tão grave para que eu não anote rs
As vezes ficamos acostumados com escritas mais detalhadas e eu particularmente gosto de suspenses rápidos daqueles de tirar o fôlego e que se resolva logo! (bem, às vezes) rs
Gostei muito da resenha e o livro já foi para listinha.
Bjs
Eu acho que já ouvi falar desse livro, mas não tenho certeza. Não é muito a minha leitura esse enredo, mas parece ser um livro interessante. Eu, particularmente, prefiro livros que se aprofundam mais. Talvez essa autora não seja pra mim.
ResponderExcluirhttp://laoliphant.com.br/
Oiie
ResponderExcluirEu estou adorando a vibe dos suspenses. Acho que vou deixá-lo na lista e tirar minhas conclusoes :) Adorei a resenha
Beijos
Oi
ResponderExcluirNão conhecia o livro, pena que considerou a escrita da autora difícil de se adaptar, como eu não conheço, não posso opinar. Espero logo poder conhecer a escrita dela, no geral, o livro parece legal.
Eu não conhecia a obra e fiquei com vontade de ler.
ResponderExcluirAdoro clima de suspense e mistério. E mesmo com os contras (porque imagino que para esse gênero a história tem que ser bem construída para provocar aquela aflição na gente e a narrativa foi rápida) fiquei com vontade de saber o motivo da morte dela rs
Beijos e adorei sua resenha.
Sai da Minha Lente