Resenha: O Cavaleiro dos Sete Reinos - George R.R. Martin

Editora Leya
Tradutora: Marcia Blasques
416 páginas
2014

Auge da dinastia Targaryen, com uma Westeros relativamente em paz durante o reinado do Rei Daeron, o Bom. É nesta época que Dunk, um menino da Baixada das Pulgas, tem a chance que vai mudar a sua vida: tornar-se escudeiro de um cavaleiro andante.
Anos depois, já adulto e com o seu cavaleiro morto, Dunk decide participar do torneio de Campina de Vaufreixo. É nesse contexto que conhece Egg, um menino de dez anos e sem nenhum cabelo, que acaba se tornando o seu escudeiro e companheiro, durante as viagens em busca de trabalho e aventura que faz através dos Sete Reinos.

  "Carvalho e ferro, guardem-me bem, senão estou perdido e no inferno também."

O Cavaleiro dos Sete Reinos é um prelúdio, acontecendo noventa anos antes do mundo que conhecemos em As Crônicas de Gelo e Fogo. Nele conhecemos três aventuras de Dunk, um cavaleiro andante e Egg, seu fiel escudeiro.
Dividido em três contos, todos com início, meio, fim e algumas pontas soltas, o livro nos traz aventuras medievais cheias de lutas, mortes e intrigas, que apesar de não tão presentes quanto nos outros livros, deixam a história mais interessante ao leitor.



Os contos também nos trazem uma boa visão de alguns momentos históricos de Westeros, como a Revolução Blackfyre, de alguns acontecimentos citados nos livros anteriores, como o nascimento da rivalidade entre os Fossoway da maçã vermelha e os Fossoway da maçã verde (que eu achei genial), e alguns personagens dos quais, através de outros personagens, já ouvimos falar. Ou seja, é um livro repleto de easter eggs (uhull!).
Apesar das referências futuras, me atrevo a dizer que estes contos podem ser lidos tanto por quem já leu os livros já lançados da série e quer voltar ao mundo criado por Martin quanto por quem quer se aventurar nele mas ainda não teve coragem.

Com uma narrativa mais leve em comparação às demais histórias do mesmo mundo, Martin traz novamente a escrita cheia de detalhes que nos faz mergulhar de cabeça e, quando percebemos, já estamos virando a última página.
Gostei muito de como os protagonistas e a relação entre eles foi trabalhada e mostrada. Vemos muitos personagens secundários (alguns já conhecidos) que dentro do limite, visto que são contos, são muito bem explorados.

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