Resenha: Ela Não é Invisível - Marcus Sedgwick

 
Editora Galera Record
Tradução Rachel Agavino
254 páginas
2015

Laureth tem 16 anos, é cega e filha de um escritor,famoso por seus livros divertidos, que há algum tempo dedica-se a uma obra sobre coincidências, mas sem conseguir terminá-la.
Misteriosamente, o caderno de seu pai é encontrado em Nova York quando ele deveria estar em uma viagem pela Áustria.
Convencida de que seu pai está desaparecido, Laureth toma uma decisão impulsiva e perigosa: rouba o cartão de crédito da sua mãe, sequestra seu irmão mais novo e entra em um avião para Nova York. Mas a vida na cidade grande não é fácil para uma garota cega e um menininho de 7 anos.

"Amor e esperança são coisas curiosas. Porque será que quando você mais precisa, a esperança parece tão distante?[...]"

Laureth é uma menina cega que acabou de "sequestrar" o irmão por uma boa causa: encontrar seu pai que ela acredita estar desaparecido. Disposta a encontrá-lo, ela parte para Nova York com esta missão na cabeça. Ela Não é Invisível me atraiu primeiro pela capa, que achei linda, diferente e tem um toque aveludado (e caramba, amo capas com toque aveludado haha), e me convenceu de que eu precisava lê-lo pela sinopse.
Todo este conjunto me levou para um livro muito gostoso de ler. A história tem um mistério principal e mistura momentos de suspense, um pouco de drama e até uma comédia leve e mesmo com tantos estilos misturados, Sedgwick conseguiu deixar a história leve, de uma maneira que a leitura flui facilmente e quando você percebe, já foi, já acabou.



Durante esta aventura vemos algumas situações pelas quais uma pessoa que é deficiente visual passa e um pouco da maneira de pensar da protagonista sobre o assunto, que é bem interessante. E falando da protagonista posso dizer que a achei uma boa personagem, mas me apaixonei mesmo por Benjamin, um garotinho de sete anos super inteligente, tranquilo, com seu corvo de pelúcia Stan e um jeito todo próprio e diferente de ser. Mas se por um lado caí de amores por Benjamin, confesso que não gostei muito da mãe das crianças, por algumas atitudes tidas no início da história, mas creio que ela se redime um pouco no fim.

A narrativa começa com os irmãos já no aeroporto e vamos sabendo sobre os motivos deles estarem ali conforme Laureth relembra os acontecimentos passados. Essa mistura entre presente e passado geralmente não me agrada, mas neste caso foi um acerto, visto que a leitura não fica confusa mas permanece ágil e leve.
E recomendo um pouco mais de atenção no parágrafozinho final. Se levar à sério o que ele diz você terá a sua própria "mensagem oculta" para desvendar.

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